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PF identifica seis suspeitos de submeter homens à situação semelhante à escravidão na Serra do RS

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PF identifica seis suspeitos de submeter homens à situação semelhante à escravidão na Serra do RS

Operação em Bento Gonçalves e Garibaldi ocorre na manhã desta sexta-feira (17).

São cumpridos sete mandados de busca e apreensão.

Em fevereiro, 207 homens contratados para atuar na colheita da uva para vinícolas foram resgatados de uma situação de degradante de trabalho.

PF cumpre mandados de busca e apreensão contra suspeitos de submeter homens a situação de trabalho análogo à escravidão na Serra do RS Polícia Federal/Divulgação A Polícia Federal (PF) cumpre, na manhã desta sexta-feira (17), sete mandados de busca e apreensão contra seis suspeitos de integrar uma organização criminosa que manteria pessoas em situação semelhante à escravidão na Serra do Rio Grande do Sul.

Conforme a PF, as ações ocorrem nas cidades de Bento Gonçalves e Garibaldi.

Ninguém foi preso.

Em nota, a defesa do empresário Pedro Augusto Oliveira de Santana diz que ele "é o maior interessado que a verdade dos fatos seja desvelada, motivo pelo qual, desde o início, colabora com as investigações realizadas pelas autoridades".

A defesa de Fábio Daros, dono da pousada onde ficavam os trabalhadores, disse que ainda não teve acesso ao inquérito, pois não foi citada formalmente.

Além disso, informa que mantém postura colaborativa com as autoridades, que foi liberado acesso ao imóvel e que nada foi apreendido no local.

O delegado Adriano Medeiros do Amaral explicou os focos de investigação da PF.

"A própria falta de pagamento dos salários restringe a mobilidade dos trabalhadores.

Eles não poderiam desistir do trabalho e voltar para suas residências, seu estado de origem, pela falta de dinheiro para isso.

Daí a gente está apurando, juntamente com o Ministério do Trabalho, a duração da jornada de trabalho, dos postos das jornadas exaustivas, e também a questão dos maus-tratos que foram noticiadas na pousada.

A gente está apurando se esses maus-tratos tinham uma relação com o trabalho desempenhado deles, se era em função de trabalho", relata.

Armas de CAC são apreendidas em operação Segundo o delegado, até agora não há indícios de envolvimento das vinícolas no caso.

"A gente não encontrou nenhum indício da participação das vinícolas no crime de redução à condição análoga à de escravo.

A gente viu foi contrato de fornecimento de mão de obra por uma empresa terceirizada", diz.

O que é 'trabalho análogo à escravidão'? Os policiais apreenderam computadores, documentos, celulares e outros itens.

A PF busca provas que ajudem a esclarecer o caso.

Um dos mandados foi acompanhado pela Corregedoria da Brigada Militar (BM), na casa de um policial militar.

Na segunda (13), órgão afastou o PM suspeito de atuar como segurança privado para a empresa que contratou os homens para trabalhar na colheita da uva e também para o alojamento em que eles ficavam.

Ele é suspeito do crime de tortura.

Agentes da PF cumprem mandados de busca e apreensão na Serra do RS PF/Divulgação Relembre o caso O caso veio à tona em 22 de fevereiro, quando três trabalhadores procuraram a polícia após fugirem da pensão em que eram mantidos contra a vontade.

Os homens afirmam que eram extorquidos, ameaçados, agredidos e torturados com choques elétricos e spray de pimenta.

O estopim do caso foi um áudio obtido pela polícia em que um desses trabalhadores denuncia a situação e pede ajuda para amigos.

Todos os 207 trabalhadores foram contratados pela Fênix Serviços Administrativos e Apoio à Gestão de Saúde LTDA para trabalhar na colheita da uva.

A empresa oferecia a mão de obra para as vinícolas Aurora, Cooperativa Garibaldi e Salton.

A maioria viajou da Bahia para o RS.

As vinícolas firmaram um acordo para pagar R$ 7 milhões de indenizações individuais e coletivas em razão do caso.

De acordo com o MTE, todos os trabalhadores já receberam as verbas rescisórias a que tinham direito.

Apesar disso, a empresa rejeitou a proposta de acordo apresentada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) para pagamento de indenizações individuais aos trabalhadores.

Os representantes legais dela disseram não reconhecer o trabalho em condições semelhantes à escravidão.

O administrador da empresa, Pedro Augusto Oliveira de Santana, chegou a ser preso pela polícia, mas pagou fiança e foi solto.

O empresário nega irregularidades.

Ele teve os bens bloqueados pela Justiça.

As vinícolas que faziam uso da mão de obra análoga à escravidão foram responsabilizadas e se comprometeram a indenizar os trabalhadores.

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Publicada por: RBSYS

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