Empresários combinavam valores, enviavam orçamentos superfaturados à prefeitura e recebiam pagamentos por insumos hospitalares que nunca foram entregues.
Quarta fase da Operação Aliança Criminosa foi realizada na manhã desta terça MP-RS/Reprodução O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) e a Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre realizaram, na manhã desta terça-feira (12), uma operação contra crimes cometidos na Prefeitura de Arvorezinha, no Vale do Taquari.
Ninguém foi preso.
Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão na sede da prefeitura e nas casas e empresas dos investigados, nas cidades de Boqueirão do Leão, no Vale do Rio Pardo e em Frederico Westphalen, no Norte do RS.
A ação é a quarta fase da Operação Aliança Criminosa.
Ao g1, a secretária de Administração de Arvorezinha Talita Marin Gandolfi disse que o servidor envolvido foi desligado da prefeitura.
Segundo o prefeito Jaime Borsatto, ele trabalhou por apenas três meses e 10 dias, e que uma sindicância apurou uma compra irregular de R$ 17 mil.
"Não tem nada a ver com o município, é com este servidor.
Não é mais [servidor] há três, quatro, cinco meses", disse.
A investigação aponta para a existência de uma organização que tinha como objetivo frustrar e fraudar processos licitatórios, realizar lavagem de dinheiro e cometer desvios contra a prefeitura.
Segundo o Ministério Público, o grupo teria replicado no município crimes cometidos anteriormente em Dona Francisca, Faxinal do Soturno, Pontão e Rio Pardo, com ajuda de servidores públicos.
A investigação mostrou que empresários combinavam valores, enviavam orçamentos superfaturados à prefeitura e recebiam pagamentos por insumos hospitalares que nunca foram entregues.
Entre os materiais, estão 5 mil agulhas e 4.
750 seringas.
Uma das empresas contratada para fornecer lidocaína, um anestésico de uso hospitalar, não tinha autorização do governo federal para comercializar esse tipo de produto.
No esquema, cabia a um ex-servidor investigado facilitar as contratações dessas empresas.
"Conclui-se, portanto, que todos os investigados exercem atividades ilícitas e criminosas junto ao bando, cada qual à sua maneira.
Além disso, não é demasia salientar que os referidos investigados agem de forma inescrupulosa e criminosa, tendo como propósito final a aferição de lucros e, por conseguinte, o enriquecimento ilícito, tudo em prejuízo ao erário e, por óbvio, à população do pequeno município de Arvorezinha", diz o promotor Mauro Lucio da Cunha Rockenbach.
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Publicada por: RBSYS
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