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Hospital aponta falha da empresa no fornecimento de oxigênio em Campo Bom; seis mortes são investigadas

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Hospital aponta falha da empresa no fornecimento de oxigênio em Campo Bom; seis mortes são investigadas

Sindicância foi concluída na semana passada.

MP passou a incluir empresa como investigada no caso.

Seis pessoas morreram na manhã de 19 de março após falha no sistema de oxigênio do Lauro Réus.

Sede do Hospital Lauro Reus, em Campo Bom Hospital Lauro Reus/Divulgação A sindicância instaurada pelo Hospital Lauro Réus, em Campo Bom, Região Metropolitana do RS, para apurar a falha no fornecimento de oxigênio em 19 de março concluiu que houve falta de reabastecimento pela empresa Air Liquide.

A sindicância foi concluída na última semana e protocolada na terça-feira (18).

O G1 entrou em contato com a Air Liquide por meio da assessoria de imprensa, e até a publicação dessa reportagem, não havia obtido retorno.

"A mesma deixou de maneira hialina [clara] transcorrer o prazo do sistema central de backup [sistema reserva] de oxigênio gasoso medicinal", aponta relatório da comissão de sindicância.

'Perdi a nossa companheira', diz marido de paciente que morreu após falha de distribuição de oxigênio em hospital no RS O Ministério Público do RS, que também apura o caso, incluiu a Air Liquide como investigada.

A notificação deve ser feita nesta quarta-feira (19).

Segundo o MP, a empresaa acompanha o processo e já prestou informações.

Seis pessoas que estavam intubadas, diagnosticadas com coronavírus, morreram na manhã em que a falha foi constatada.

Quatro estavam na UTI e duas, na emergência.

A Polícia Civil investiga outros falecimentos de pacientes que também estavam intubados, e morreram nos dias seguintes à falha.

No total, 15 pessoas morreram nessa situação.

A comissão de sindicância, formada por membros do próprio hospital, ainda recomendou que o contrato com a Air Liquide seja encerrado, e que uma ação para reparação de danos seja ajuizada.

Investigação policial Além do MP, o caso é investigado pela Polícia Civil, que afirma haver indícios de falha humana.

O inquérito foi instaurado como homicídio culposo.

"Estamos ouvindo pessoas ainda.

Principalmente servidores que estavam no hospital no momento do incidente e apurando as circunstâncias dos óbitos que ocorreram e, eventualmente, de outras pessoas que foram socorridas para avaliar a situação também de como ficaram posteriormente", explica o delegado Clóvis Nei da Silva, que conduz o inquérito.

Falha na bateria reserva Segundo a Polícia Civil e a CPI instaurada pela Câmara de Vereadores de Campo Bom para apurar o caso, teria havido falha no backup após o nível de oxigênio no tanque principal reduzir.

"Acabou o oxigênio principal, do tanque de oxigênio criogênico.

Então tem um backup que passa a funcionar automaticamente.

Depois, desse backup, teria que partir para um segundo backup, que teria que ser acionado.

A princípio, não foi acionado", aponta o delegado.

"O controlador do tanque fez a leitura no dia 19 às 7h e constatou que o tanque estava zerado.

Aí começou todo o episódio.

Entrou uma bateria reserva, que sustentou até às 8h, e depois a outra bateria não entrou, e aconteceu esse episódio que a gente presenciou", resume o presidente da CPI, vereador Jerri Moraes.

Um relatório produzido pela Secretaria Estadual de Saúde apontou que o oxigênio reserva não chegou aos pacientes.

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Publicada por: RBSYS

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