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Familiares protestam 2 anos após mortes de pacientes com Covid-19 por falta de oxigênio em hospital de Campo Bom

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Familiares protestam 2 anos após mortes de pacientes com Covid-19 por falta de oxigênio em hospital de Campo Bom

Seis pessoas morreram enquanto eram atendidas no Hospital Lauro Reus.

MP acusou nove pessoas de homicídio culposo, mas Justiça ainda analisa denúncia.

Peritos do IGP vistoriaram o tanque de oxigênio do Lauro Réus Divulgação/IGP Completou dois anos, neste domingo (19), a morte de seis pacientes com Covid-19 em decorrência de falta de oxigênio em um hospital de Campo Bom, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Familiares das vítimas protestaram na cidade, pedindo justiça no caso.

No final de semana, um protesto foi feito em frente ao fórum.

Um outdoor foi colocado na entrada da cidade, mas acabou sendo removido no mesmo dia.

Nove pessoas foram denunciadas por homicídio culposo pelo Ministério Público (MP).

Os acusados são gestores do hospital e da associação que geria a unidade à época, além de trabalhadores ligados à empresa que fornecia oxigênio.

Contudo, mais de seis meses depois da denúncia, a Justiça ainda não decidiu se os denunciados vão virar réus no processo.

A juíza do caso afirma que pediu providências ao MP antes de decidir pelo recebimento ou não da denúncia.

Em agosto de 2022, a Prefeitura de Campo Bom rompeu o contrato com a Associação Beneficente São Miguel, que era a gestora do Hospital Lauro Reus na época das mortes.

A RBS TV tentou contato com a entidade, que não retornou o contato até a atualização mais recente desta reportagem.

A Prefeitura Municipal de Campo Bom disse que continua acompanhando o trabalho da Justiça, que segue solidária com todas as famílias e espera que os fatos sejam apurados com agilidade e celeridade.

Quando a denúncia foi feita, a empresa Air Liquide disse que não comentava o mérito dos processos judiciais pendentes, mas que seguia colaborando com as autoridades.

Hospital Lauro Reus, em Campo Bom Reprodução/RBS TV Protestos de familiares Luciana Pedroso convive há dois com a ausência da mãe, Vani, que morreu aos 66 anos.

Intubada com coronavírus no auge da pandemia, ela foi uma das seis pessoas que morreram por asfixia sem oxigênio.

"Ela era uma pessoa que estava em um momento super leve da vida, estava feliz.

Ela ter morrido, pra nós, realmente foi um choque bem grande", lamenta.

A RBS TV teve acesso ao laudo dos tanques de oxigênio do dia, que apontam que faltou ar no hospital por mais de duas horas, entre 7h25 e 9h45.

No dia do ocorrido, os parentes foram chamados para o hospital para receber a notícia.

Para a advogada que defende famílias de quatro vitimas, o ocorrido foi uma tragédia anunciada, antecedida por uma sucessão de erros.

"A telemetria aponta que foi um período de duas horas sem o suporte do oxigênio.

Também nos chama a atenção é que, no dia 18 de março, quem deveria fiscalizar, zelar, observar e apontar que já não tinha mais capacidade suficiente de oxigênio para todos os pacientes silenciou", afirma Franciele Kozlowski.

A denúncia do MP também aponta nesse sentido.

A promotora de Ivandra Valiati afirma que, no dia anterior ao fato, já era apresentado nível crítico de oxigênio no hospital.

Mesmo assim, segundo a denúncia, nenhuma providência foi tomada pela direção do hospital, que sequer avisou os funcionários do risco de faltar ar para aqueles que precisavam.

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Publicada por: RBSYS

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