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Com alta procura por emergência pediátrica em Porto Alegre, prefeitura orienta busca por unidades básicas de saúde

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Com alta procura por emergência pediátrica em Porto Alegre, prefeitura orienta busca por unidades básicas de saúde

Superocupação das alas pediátricas em hospitais tem preocupado Secretaria da Saúde e gestores, que devem se reunir novamente nesta terça (12).

Antecipação da sazonalidade dos vírus acende alerta.

Porto Alegre amplia horário da vacinação infantil contra Covid em nove unidades O aumento nos casos de doenças respiratórias fora de época faz com que a procura por emergências pediátricas cresça em Porto Alegre.

A orientação da prefeitura, porém, é que os pais procurem as unidades básicas de saúde de referências para o atendimento das crianças.

Na tarde desta segunda-feira (11), 40 crianças aguardavam atendimento na emergência pediátrica do Hospital da Criança Conceição.

Quase 80% delas tinham classificação verde na lista de espera, o que significa casos de menor risco, que não precisam de atendimento imediato.

"Nós temos seis pediatras trabalhando o tempo todo, sem conseguir vencer a demanda.

Na sala de observação, que o normal seria de 12 leitos, nós estamos com 23 crianças internadas, das quais 14 já com decisão médica de serem hospitalizadas e as outras nove em observação.

A gente espera que elas consigam melhorar para serem liberadas para casa", diz José Roberto Saraiva, chefe da emergência do Hospital da Criança Conceição.

O filho da operadora de caixa Gabriela Vieira está gripado, mas ela não conseguiu consulta no posto de saúde do bairro onde mora, e resolveu ir ao Conceição.

"No posto não tinha [médico], porque eram dois pediatras de atestado e um já estava com agenda lotada.

E lá não tem mais como marcar.

Tu tem que chegar e ver se tem algum horário para pediatra senão, quando piora, não tem outro jeito", diz, justificando por que procurou a emergência.

Para a prefeitura, em 90% das vezes as questões são resolvidas com médico da família.

Segundo a Secretaria da Saúde, não há falta de profissionais, e a pasta assegura que a maioria dos processos de trabalho das equipes estão bem dimensionadas para a população.

Vírus circulando 'mais cedo' Emergência pediátrica do Hospital de Clínicas opera acima da lotação máxima Reprodução/RBS TV O que tem chamado atenção dos médicos é que a superocupação das emergências já vem acontecendo desde março, ao contrário de anos anteriores, quando era registrada a partir de maio.

O principal motivo para isto é que os vírus respiratórios mais comuns no inverno já estão circulando, como o que causa bronquiolite nas crianças menores de dois anos.

Essa faixa etária corresponde à maioria das internações na emergência do Hospital de Clinicas da Capital.

"O vírus mais prevalente que a gente tem é o vírus sincicial respiratório (VSR), que é característico da mudança de temperatura.

A partir de 2018, a gente tinha a partir de maio, no inverno.

Agora não.

As doenças respiratórias têm aparecido mais cedo.

Não tem como evitar de ir para escola, para creche, mas os cuidados que se aprendeu com a pandemia tem que continuar aderindo", afirma Patrícia Lago, chefe do Serviço de Emergência e Medicina Intensiva Pediátrica.

Nesta segunda, o setor tinha 22 crianças em atendimento para apenas nove leitos.

"Se essas crianças de menor gravidade vierem para as emergências pediátricas, a gente vai ter um contingente muito grande de pacientes competindo.

Todas funcionam com triagem.

Acima de amarelo são atendidas muito rapidamente.

As verde e azuis, que são de menor gravidade e deveriam estar no pronto atendimento e na unidade básica, acabam vindo para cá", diz.

Segundo o Sindicato Médico do RS (Simers), muitas unidades de atendimento pediátrico da Capital foram desmobilizadas porque ficaram ociosas durante a pandemia.

Agora, essa falta de estrutura tem contribuído para a superlotação nos hospitais de referência.

"Os gestores públicos estadual e municipais têm que se alertar, tem que começar a desenvolver novamente essa infraestrutura, contratando pediatras.

Há a necessidade que seja implementado isso.

O atendimento na pediatria é sazonal, ele se dá no inverno e depois do inverno passa a ficar ocioso.

Então, este é um problema que tem ampliar de repente, num determinado momento, em função da necessidade", explica Marcos Rovinsk, presidente do Simers.

Hospitais e Secretaria Municipal da Saúde (SMS) têm se reunido desde sexta-feira (8) em busca de soluções para desafogar as emergências.

Uma nova reunião está marcada para a manhã desta terça (12).

Conforme a SMS, no mês de abril, as unidades de saúde de Porto Alegre realizaram o atendimento de 22 mil crianças, com média diária de 3,3 mil atendimentos pediátricos.

Dentre eles, atendimentos de urgências por doenças respiratórias e atendimentos agendados para consultas de rotina pediátrica.

A Capital possui 132 unidades de saúde, sendo 15 delas com atendimento até as 22h.

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Publicada por: RBSYS

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