Leandro Boldrini, pai de Bernardo, foi condenado a 33 anos e oito meses de cadeia, mas condenação foi anulada pela Justiça.
Ele segue preso preventivamente.
Crime chocou Três Passos em 2014.
Leandro Boldrini, pai de Bernardo, foi oi condenado a 33 anos e oito meses de cadeia.
A condenação foi anulada pela Justiça, mas ele segue preso preventivamente desde 2014.
TJ RS/Divulgação O novo julgamento de Leandro Boldrini, pai de Bernardo Uglione Boldrini, acusado pela morte do menino de 11 anos, em Três Passos, no ano de 2014, começa nesta segunda-feira (20).
O crime abalou a comunidade do município de quase 24 mil habitantes, no Noroeste do Rio Grande do Sul.
O caso culminou com o julgamento de quatro réus em 2019.
Leandro Boldrini, pai de Bernardo, foi condenado a 33 anos e oito meses de cadeia.
Contudo, a sentença foi anulada pela Justiça, após o 1º Grupo Criminal do Tribunal de Justiça considerar que "houve quebra da paridade de armas" na conduta do promotor durante o interrogatório do réu no júri.
Boldrini segue preso preventivamente desde 2014.
Ezequiel Vetoretti, advogado de defesa de Leandro, reafirma que o réu não tem participação na morte de Bernardo e que não há no processo provas de que ele tenha assassinado o filho.
"Existe uma distância abismal entre não ser um bom pai, falhar como pai e organizar a morte do filho, querer a morte do filho", diz o advogado.
"Tenho a esperança de que o júri, soberano em sua essência, despido das lentes do prejulgamento, irá reestabelecer a justiça e absolver Leandro", completa.
As condenações dos demais réus não foram alteradas pela Justiça.
Graciele Ugulini, madrasta de Bernardo, foi condenada a 34 anos e 7 meses de reclusão; Edelvânia Wirganovicz, amiga de Graciele, a 22 anos e 10 meses; e Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvania, a 9 anos e 6 meses.
Edelvânia cumpre pena no regime semiaberto, enquanto Evandro obteve liberdade condicional.
Saiba como será o novo júri O réu Leandro Boldrini, pai de Bernardo, será submetido a um novo julgamento no Foro da Comarca de Três Passos nesta segunda-feira (20), a partir das 9h30, presidido pela juíza Sucilene Engler Andino.
A previsão de duração é de três dias.
Os advogados que atuarão na defesa de Leandro são Ezequiel Vetoretti e Rodrigo Grecellé Vares.
O Ministério Público será representado pela promotora Lúcia Helena de Lima Callegari e pelo promotor Miguel Germano Podanosche.
Veja abaixo como funciona o júri, passo a passo: Quem são as testemunhas Quem são os jurados Quem será ouvido Como funciona a fase de debates Como o júri toma a decisão Quem são as testemunhas Serão ouvidas 10 testemunhas.
A acusação indicou cinco pessoas: as delegadas que atuaram no caso, uma psicóloga e uma vizinha que cuidava de Bernardo com frequência.
Todas já foram ouvidas no julgamento realizado há quatro anos.
A defesa de Leandro solicitou que seis testemunhas sejam ouvidas: ex-funcionários do médico, que trabalharam com ele em casa, no hospital ou na clínica, e também um primo.
A ex-secretária de Boldrini, também já ouvida no júri anterior, foi requisitada pelas duas partes.
Quem são os jurados Crimes dolosos contra a vida não são julgados por um juiz, mas pelo Tribunal do Júri, que é formado por um Magistrado-Presidente e um Conselho de Sentença, composto por sete jurados que fazem parte da sociedade.
O sorteio dos jurados foi realizado em 16 de fevereiro, com um sorteio complementar em 6 de março.
Foram convocadas 50 pessoas, das quais serão sorteadas sete para compor o Conselho de Sentença.
Os sete jurados serão conhecidos na manhã da segunda-feira (20), após um sorteio.
Depois disso, o grupo deverá se manter incomunicável.
Quem será ouvido Assim que for formado o Conselho de Sentença, as testemunhas começam a ser ouvidos.
Elas também devem ficar incomunicáveis.
Depois, é feito o interrogatório do réu Leandro Boldrini.
As testemunhas devem responder aos questionamentos da juíza, dos promotores, dos advogados de defesa e dos jurados (quando houver) sobre o que sabem a respeito do caso.
Já o réu poderá responder às perguntas ou se manter em silêncio.
Como funciona a fase de debates Em seguida, começa a fase dos debates orais, momento em que acusação e defesa devem apresentar suas teses aos jurados.
Como apenas um réu está sendo julgado, o Código de Processo Penal determina 1h30min para cada parte apresentar seus argumentos.
Depois, há uma hora de réplica para a acusação e uma hora de tréplica para a defesa.
Portanto, a fase de debates pode durar até 5 horas.
Como o júri toma a decisão Ao fim, os jurados, caso estejam prontos para decidir, vão até uma sala privada para responder a um questionário com diversos quesitos.
Cada uma das perguntas deverá ser respondida com "sim" ou "não".
Em cada quesito, o réu é declarado culpado ou inocente por maioria simples de votos.
A partir da decisão dos jurados, a juíza estabelece uma pena (em caso de culpa) ou determina a soltura imediata do réu (em caso de absolvição).
Bernardo Boldrini foi morto aos 11 anos em 2014 GloboNews VÍDEOS: Tudo sobre o RS
Publicada por: RBSYS
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