Sandro Fantinel (sem partido) não participava das sessões desde o dia 1° de março, um dia depois das falas preconceituosas feitas em plenário.
Parlamentar não quis comentar ausência.
De camisa azul-marinho e bigode, vereador Sandro Fantinel retornou à Câmara de Caxias Leonardo Portella/RBS TV O vereador Sandro Fantinel (sem partido) retornou à Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul, nesta terça-feira (21).
O político é alvo de um processo de cassação por conta de declarações preconceituosas feitas contra trabalhadores baianos resgatados em situação semelhante à escravidão em Bento Gonçalves.
De camisa azul escuro e bigode, ele permaneceu a maior parte do tempo sentado e mexendo no celular.
Pouco conversou e foi cumprimentado apenas por vereadores próximos a sua bancada.
Fanrtinel disse estar triste e não quis conversar com a imprensa, mas afirmou que voltará a frequentar as sessões.
Desde 1º de março, o parlamentar estava ausente das atividades como vereador.
No dia 6, ele apresentou um atestado médico válido por 10 dias – prazo que se encerrou na quarta-feira (15).
O laudo médico apontava a necessidade de afastamento por estresse pós-traumático.
Na quinta (16), Fantinel não compareceu e não justificou a audiência.
A Câmara de Caxias não possui sessões na sexta e na segunda.
O vereador foi indiciado por crime de racismo em razão das falas.
Relembre: vereador de Caxias do Sul diz para vinícolas não contratarem baianos Processo de cassação A próxima etapa do processo de cassação na Câmara é a fase de instrução, em que a comissão realiza os atos, diligências e audiências necessários para averiguar a suposta quebra de decoro parlamentar de Fantinel.
Presidida pela vereadora Tatiane Frizzo (PSDB), a comissão está instalada desde 2 de março.
A vereadora aponta que existem condições técnicas e legais para o prosseguimento da apuração.
O prazo para a conclusão dos trabalhos é de 90 dias, a contar de 3 de março, quando Fantinel foi notificado da abertura do processo.
Também fazem parte do grupo os vereadores Edi Carlos Pereira de Souza (PSB) e Felipe Gremelmaier (MDB).
O advogado de Fantinel, Vinicius Figueiredo, informou que, "ao contrário do decreto-lei 201/1967, que está sendo seguido de forma equivocada, a nossa legislação é específica e prevê que sanções sejam aplicadas de forma gradual.
A escolha de um rito criado antes mesmo da Constituição de 1988 se revela um desastroso retrocesso.
Aguardamos retorno da Comissão Processante, a qual determinou providências para corrigir defeitos de representação que haviam sido identificados pela defesa".
Relembre Em seu discurso xenofóbico, o parlamentar pediu que os produtores da região "não contratem mais aquela gente lá de cima", se referindo a trabalhadores vindos da Bahia.
A maioria dos trabalhadores contratados para a colheita da uva veio daquele estado.
Fantinel sugere que se dê preferência a empregados vindos da Argentina, que, segundo ele, seriam "limpos, trabalhadores e corretos".
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Publicada por: RBSYS
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