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Após maio seco, especialistas apontam que chuvas dos próximos meses não devem encher reservatórios no RS

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Após maio seco, especialistas apontam que chuvas dos próximos meses não devem encher reservatórios no RS

Desde fevereiro, estado apresenta precipitação abaixo da média.

Regiões chegaram a registrar índices de chuva inferiores a 15 milímetros em abril.

Barragem com volume abaixo do nível em Santa Maria Reprodução/RBS TV O mês de abril foi de chuva abaixo da média no Rio Grande do Sul, avaliam meteorologistas.

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) mostram que parte das regiões Centro e Norte do estado apresentaram precipitações inferiores a 15 milímetros.

Os níveis normais para o período vão de 106 a 170 milímetros, dependendo da região.

O último período úmido no RS foi em janeiro.

Desde fevereiro, chove pouco no estado.

O cenário não deve ser muito diferente daqui para frente.

A tendência é que maio permaneça com precipitações abaixo da média.

De junho a agosto, deve chover entre o normal e o abaixo do normal para o período, explica a meteorologista Jossana Cera, consultora do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

"Para encher reservatório, que é o que vem preocupando no momento, a gente precisaria de um episódio mais longo e de precipitação bastante intensa", comenta.

Os efeitos da estiagem também são vistos também em outras localidades.

Na Fronteira Oeste e na Campanha, onde os acumulados variaram entre 40 e 70 milímetros, a cidade de Bagé iniciou um racionamento de água nesta quinta-feira (20).

Já em Santa Maria, na Região Central, o mês foi o mais seco dos últimos 30 anos, conforme a Defesa Civil do município.

Primeiro mapa mostra acumulado de chuva no RS em abril; segundo mostra variação em relação à média do mês Irga A meteorologista Josélia Pegorim, do Climatempo, destaca que o mês de maio sofreu a combinação de frentes frias com um ciclone extratropical na região.

Além das temperaturas mais baixas, o continente ficou com o tempo mais seco no período.

"Os ciclones puxam a umidade para o seu centro e deixam o continente com menos umidade, menos nebulosidade", afirma.

Para Jossana Cera, mesmo com a possível ocorrência de episódios pontuais de chuva intensa, o que pode ser bom para a lavoura, os reservatórios seguirão em baixa.

"Não são quaisquer 20 ou 30 milímetros que vão resolver o problema.

A gente precisaria de episódios de chuva de 100 milímetros para cima.

Por enquanto, a gente não tem expectativa de que isso ocorra no curto prazo", explica.

Barragem com baixo nível de água em Bagé Reprodução/RBS TV Produção rural O diretor-geral da Emater, Alencar Rugeri, observa que a produção agrícola do RS não foi tão prejudicada pela falta de chuva dos últimos meses.

O dirigente da entidade de desenvolvimento rural explica que o período é de transição entre as safras de verão e inverno.

"As culturas de inverno têm uma demanda hídrica menor do que as de verão, os dias são mais curtos e as temperaturas, mais baixas.

Temos todos os processos com menos necessidade hídrica.

Hoje, nós temos dificuldade de outro tipo de água, para o consumo do ser humano e de animais", detalha.

Para o final de maio, Josélia Pegorim projeta frio intenso e geada nas lavouras.

"Agricultores que se preparem, porque a geada deve ser mais ampla e deve vir com forte intensidade", observa.

Amanhecer do dia 28 de abril em Ciríaco, fazia 5°C no momento da foto Juliano Simioni/arquivo pessoal VÍDEOS: Tudo sobre o RS


Publicada por: RBSYS

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